data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Pedro Piegas (Diário)
A professora Gladis entrega o material ao Davi, do 1º ano, na Escola Diácono João Luiz Pozzobon
Embora a normativa da prefeitura estabelecesse retomada das aulas, de forma remota, a partir desta segunda-feira, as escolas municipais já haviam começado a realizar atividades à distância anteriormente. Os quase 500 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Diácono João Luiz Pozzobon mantêm contato por grupos de Facebook ou WhatsApp com os professores e realizam atividades remotas desde abril.
- Está sendo desafiador, mas a nossa escola está se empenhando. Procuramos várias formas de fazer a disponibilização aos alunos, por meio de formulários online. Também tem a entrega dos trabalhos físicos nas segunda-feiras para os alunos de anos iniciais e sextas-feiras para alunos de anos finais e EJA - explica a diretora Sandra Suzana Maximowitz Silva.
Para facilitar o acesso dos estudantes, a escola criou um site onde hospeda todos os conteúdos destinados aos estudantes dos anos finais e, em breve, deve disponibilizar também as atividades aos anos iniciais.
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- Desenvolvemos um QR Code onde o aluno ou o responsável consegue ter acesso rápido ao site. Fizemos até cartazes e espalhamos pelo bairro - relata a professora de Matemática Evelin Santos Teixeira que atua também como ponto focal de educação conectada. Foi ela quem desenvolveu o site da instituição e realiza capacitações com outros professores da escola.
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O estudante do 8º ano Lucas Francisco de Oliveira Antunes conta que acessa os conteúdos de casa por meio de um celular.
- O ensino à distância está sendo legal. Pelo celular, conseguimos ver todas as atividades. Agora temos ajuda dos pais para aprender os conteúdos. Quando precisamos, também podemos falar com amigos ou professores pelo WhatsApp - diz o aluno.
REALIDADES DIFERENTES
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Aracy Barreto Sacchis, no Bairro Menino Jesus, a diretora Andréia Ferrett Lima conta que, desde abril, os professores enviam conteúdos para os alunos de forma virtual ou entregam na escola de forma impressa. Por meio de uma página no Facebook "Aracy mais perto de você" os educadores publicam conteúdos, que os pais repassam aos alunos. Depois, os exercícios são entregues aos professores que fazem a correção. Segundo a diretora, mais de 90% dos alunos têm acesso à internet.
- Fizemos um levantamento para ver a melhor forma de enviar os conteúdos, e constatamos uma situação privilegiada onde conseguimos contato via internet com quase todos. Também fazemos entrega de atividades impressas para aqueles que não têm acesso à internet. Fizemos também a entrega de livros didáticos a todos os alunos e estamos organizando aulas ao vivo pelo Google Classroom - destaca Andréia.
Na Escola Francisca Weinmann, na Vila Gioânia, a sistemática é parecida. A coordenadora pedagógica Janaína Stafforb estima que quase 100% dos alunos consigam acompanhar as atividades pela internet.
- Enviamos algumas atividades por semana desde o dia 6 de abril. A maioria dos conteúdos são interdisciplinares, onde os professores se juntaram para propor atividades de mais de uma matéria. A forma varia de professor para professor. Alguns conseguem fazer aulas ao vivo por meio de plataformas, outros gravam videoaulas ou mandam por escrito. Temos, ainda, atividades impressas para aqueles alunos que não têm internet - conta Janaína
SEM INTERNET
Mas não são todas as escolas que conseguem organizar quase todo o conteúdo de forma virtual. Na escola Sérgio Lopes, que fica no Bairro Renascença, a diretora Andreia Schorn fez um levantamento que apontou que mais de 90% das famílias dos 197 alunos da escola não têm acesso ou têm acesso limitado à internet.
- O que acontece é que muitas famílias são numerosas e, às vezes, têm um aparelho de informática em casa. Algumas famílias só tem plano de dados no celular, que não dura o mês inteiro, para que as crianças consigam fazer as tarefas. Na nossa pesquisa, só quatro famílias disseram ter WiFi em casa - afirma a diretora.
Por lá, as atividades são entregues impressas para quase todos os alunos desde 11 de junho, quando a escola iniciou um projeto piloto. Depois de resolvidos, os exercícios são devolvidos para correção e novas atividades são propostas. Nos meses de março, abril e maio, os professores e direção tentavam manter o vínculo dos estudantes com a escola fazendo ligações para todas as 197 famílias duas vezes ao mês, para saber como estava o enfrentamento à pandemia e ver se estavam com alguma dificuldade.
*Colaborou Janaína Wille